A Pirelli, atual fornecedora de pneus da Fórmula 1, também tem interesse em introduzir na Fórmula pneus mais largos, de modo a criar maior apelo visual aos carros para quem assiste as corridas.
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Esse desejo vai ao encontro das medidas que Bernie Ecclestone sugeriu semanas atrás para aumentar o interesse da Fórmula 1 junto ao público, que incluía, além dos pneus mais largos, motores de mais de 1000 cavalos – algo que a fabricante de pneus também vê com bons olhos, mas em ambos os casos ela só vê a possibilidade de implantar essas mudanças em 2017, já que para o ano que vem ficaria muito em cima da hora – isso se as mudanças de pneus e motores forem aprovadas por equipes e FIA, o que ainda não foi.
Vamos lembrar que nas últimas décadas os pneus da Fórmula 1 foram se tornando cada vez mais estreitos. Até 1992, por exemplo, os pneus traseiros tinham 457mm de largura. A partir de 1993 passou a ter 380mm (veja comparação ao lado) e mais recentemente passou a ter 325mm, com os pneus dianteiros também acompanhando essa redução em semelhante proporção e quanto menor a área de contato dos pneus com asfalto, menor é a aderência deles, tornando maior a dependência do carro da carga aerodinâmica para contornar melhor as curvas e portanto mais sujeito às turbulências ao ficar muito perto do carro da frente no contorno de uma curva.
Assim, num mundo ideal, aumentando-se a largura dos pneus (a Pirelli falou em algo como 400mm), além do visual mais agressivo, os carros voltariam a ter maior aderência física e disputariam melhor as posições, certo? Mais ou menos… Pois uma vez que os engenheiros de hoje aprenderam quão importante é o papel da aerodinâmica, eles não pode simplesmente “desaprender” e voltar a desenhar carros mais simples e assim caberia a FIA pensar num regulamento que restringisse ainda mais o desenvolvimento dessa área, que seria compensada com os novos pneus, mas aí correira o risco de engessar ainda mais as já extremamente rígidas regras da Fórmula 1, que a vem tornado visualmente tão feia e afugentando projetistas que não querem trabalhar com tantas limitações criativas…