E agora, Pastor Maldonado?

Maldonado14 O piloto venezuelano Pastor Maldonado surgiu na Fórmula 1 em 2011 pela equipe Williams após sagrar-se campeão da GP2 após 4 temporadas de tentativas, todas marcadas por várias colisões e saídas pista. Eis que em 2015 sua sina de azares continua, mas quanto disso não é culpa dele?

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Quando ingressou na Fórmula 1, assinou um contrato de 5 anos com a equipe dos carros azuis e brancos, sendo que no primeiro aprendeu bastante com o veterano companheiro Rubens Barrichello, no segundo chegou a vencer seu primeiro GP, o da Espanha, mas no terceiro a relação com a equipe desandou, chegando a acusá-la de favorecer o estreante Valtteri Bottas, preferindo rescindir seu contrato (pagando à Williams uma bela bolada por isso) e partindo para o que imaginava ser uma temporada bem mais interessante na vencedora Lotus.

Só que justo nesse ano de 2014 as fortunas dessas equipes foram trocadas: a Williams deu um enorme salto competitivo com um bom carro e a adoção dos motores Mercedes e a Lotus despencou nas tabelas com um carro mal projetado e com os problemáticos motores Renault e ele quase não consegue pontuar.

pastorEis que 2015 começa cheio de expectativas para ele e a Lotus agora empurrados pelos também potentes e confiáveis motores Mercedes e com um projeto totalmente revisado, só que para Maldonado as coisas ainda não encaixaram: Das 4 corridas desse ano ele não pontuou nenhuma vez, cabendo ao não tão espetacular mas mais regular Romain Grosjean amealhar todos os 12 pontos da equipe até agora.

No GP da Austrália  Maldonado foi tocado e bateu na segunda curva da corrida. No GP da Malásia ele sofreu um furo de pneu após tocar outro carro e ainda foi punido com com 10 segundos por excesso de velocidade atrás do safety-car. Na China ele passou reto na entrada do box, depois rodou e por fim foi tocado por Button numa acirrada disputa de posições, não terminando também essa corrida. No Bahrein finalmente terminou, mas não sem antes largar da posição errada do grid (e ser punido), sair da pista duas vezes só na primeira volta e acertar os carros de Verstappen e Massa durante a prova.

Perguntado sobre sua fama, ele mesmo disse ao jornal ingles The Telegraph“Quando Pastor bate vira uma grande notícia, quando outras pessoas batem não é notícia. Para achar o limite você precisa cruzá-lo. Eu acho que tenho grandes bolas para cruzar o limite todas as vezes”

maldoA questão que Pastor deveria responder é bem simples: esse método ousado e agressivo de sempre ultrapassar os limites está trazendo os resultados que ele precisa na categoria? Tirando 2012, quando correu contra Bruno Senna, Pastor foi superado por seus companheiros Barrichello, Bottas e Grosejan e mesmo quando bateu Bruno teve a seu favor considerável tempo a mais de pista, já que o brasileiro teve que ceder o seu carro em 15 primeiros treinos de sexta-feira nos GP´s para o então piloto reserva Bottas (infortúnio que Grosjean deve sofrer esse ano com Palmer).

Isso é reflexo parcial de seu reiterado histórico de envolver-se em acidentes que além de tirar-lhe pontos, custa caro a sua equipe, que tem que produzir mais peças para repor as danificadas e à sua imagem junto a ela, que pode ver-se com um piloto certamente rápido, mas cujo ímpeto não consegue segurar e evitar a perda valiosa de pontos. Arrisco dizer que se Maldonado não tivesse se envolvido em situações controversas esse ano, poderia ser a Lotus a figurar no lugar da Sauber ou até mesmo da Red Bull na tabela de construtores e se eu vejo isso, certamente a equipe também o vê e não fica contente.

Outro fator a ser considerado é a paciência da PDVSA, sua valiosa patrocinadora que pode se cansar de bancar a custos altíssimos (falam em cerca de 30 milhões de dólares por temporada) um piloto cuja imagem na dita principal categoria do automobilismo mundial passa a ser associada a batidas, confusões e falta de bons resultados, algo ruim para a imagem de uma empresa que já vem cortando patrocínios esportivos.

Assim, creio que mais do que orgulhar-se das sua exacerbada coragem, Pastor deveria repensar seu mindset quando senta num carro de corrida, pois desperdiçar sua inegável velocidade, peças e potenciais bons resultados com arroubos impensados de ousadia deixa de ser admissível para quem está na sua 5ª temporada na Fórmula 1.

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9 respostas para E agora, Pastor Maldonado?

  1. Jorge disse:

    Realmente ele se envolve em muitos acidentes mas também é azarado pois sempre está no lugar errado (Ex: GP Austrália e GP China – nesses GPs ele não teve culpa)

  2. Fernando Cruz disse:

    O Pastor Maldonado bateu o Bruno Senna na Williams. Dá para entender o porquê do sobrinho do Ayrton estar fora da Fórmula 1, apesar dos bons patrocinadores (P&G, EMBRATEL, Santander etc.)…

  3. Marcelo disse:

    É o preço de sempre largar no pelotão da “merda”, Maldonado é rápido e arrojado, mas não conseguiu controlar o ímpeto. Andrea De Cesares também foi muito criticado no início, em 1981, transferiu-se para a McLaren, tornando-se conhecido na categoria por destruir 22 chassis na primeira temporada completa(Maldonado não chegou nem perto disso), chegando ao ponto de ter o apelido de “De Crasheris”. Contudo, no final da temporada, Ron Dennis pura e simplesmente despediu-o. Andrea De Cesaris, assim como Maldonado sempre teve forte apoio financeiro, no caso do italiano, a Marlboro bancava o piloto.

    Gilles Villeneuve também foi muito criticado pelos vários acidentes em início de carreira, na época uma reunião ia ser feita para tratar do assunto. Os pilotos antes se perguntaram: “Villeneuve comete manobras sujas e provocava os acidentes?”. A reunião foi deixada de lado…

    Temos que lembrar que, esses pilotos com grandes patrocinadores tem a segurança que, enquanto forem bancados por forte patrocínio, dificilmente ficam a pé, eles não ligam se o carro for danificado. Villeneuve estreou pela Ferrari, um time de fábrica…ela bancava os gastos do canadense. No fim, os dois lados saíram no lucro, Villeneuve se manteve em time de ponta, a Ferrari teve nas mãos um piloto lendário…não o melhor de sua geração, mas um piloto que marcou época, em parte pelos acidentes.

    Maldonado segue fiel ao seu estilo, mas quantas batida ele teve culpa? Por outro lado, o venezuelano é extremamente azarado, se tivesse hoje na Williams teria a vida facilitada largando no pelotão da frente, hoje os pilotos da Williams apenas completam as provas. A grana esta acabando, mas Maldonado não pode reclamar(e nem quem o contratou, seu forte patrocínio é quem banca grande parte das contas no time), Pastor teve sua chance, já vai para a quinta temporada na F-1, pelo menos, venceu uma corrida épica em 2012. Pastor vai deixar o mundial entre os vencedores, pode não ser muito, mas a maioria que passou pela F-1 não conseguiu esse sonho. O venezuelano lembra pilotos do passado como De Cesares e Brambilla.

    Quanto ao fato de ser piloto pagante, isso sempre existiu desde os anos 50 e 60. Fangio foi bancado pelo governo argentino, da mesma forma que Maldonado hoje é pelo governo da Venezuela. O talento determina se o piloto vai ou não para um time de ponta, mas pra chegar ao título a coisa é mais embaixo…tem que ter talento no mínimo pra ser campeão.

    Da forma que conhecemos(piloto pagante), vários pilotos foram bancados desde os anos 70/80/90…até os dias de hoje. Geralmente, piloto pagante só fica na F-1 até a grana acabar, alguns ainda tem a chance de entrar para um time de ponta, mas na condição de segundo piloto declarado.

    Barrichello se encaixa nesse perfil, ele sempre teve apoio da Arisco desde o Kart. Em 1995, Rubinho trocou a forte Arisco pela gigante Pepsi(patrocínio em torno de 3,5 milhões de dólares, uma fábula na época), depois Rubens teve apoio da Davene, Nokia e NET até 1999. Rubinho foi piloto pagante na Formula 1 entre 1993 e 1999, mas se o piloto conseguiu apoio, é porque alguém botou fé, ou seja, valeu a pena o investimento! Mesmo caso é com Chilton recentemente, seu pai estava investindo no filho, nada mais natural, se o dinheiro é limpo, qual o problema? O Planeta gira assim, tem gente que se formou na faculdade e continua desempregado, outros foram “apadrinhados” e ganham 5,10,15 mil por mês…

    De Angelis também foi bancado pela família na Formula 1, tinha a fama de ser o “filhinho do papai”. No vídeo abaixo(1:55), mostra que Rubinho entrou como pagante na Formula Um.

    Assista à íntegra da entrevista de Rubens Barrichello (1995)

    Rubinho teve a chance “de ouro” de ser campeão em 09, mas foi Button que levou o título. Ao final de 2008, Button tinha apenas uma vitória na F-1, já estava marcado como “mediano” pelos torcedores. Pelo menos, o inglês fez o BÁSICO na F-1, bateu o companheiro de equipe e foi campeão. D.Hill já tinha feito o mesmo em 96 em cima de Frentzen…pode não ser muito, mas foi importante para Hill naquele ano. Frentzen chegou à F1 três anos depois de Schumacher. Era apontado como “anti-Schumacher”, o único capaz de desafiá-lo. Quando se transferiu para a Williams, o mais forte time da época, a pressão de que batesse o seu ex-colega de Mercedes se tornou insuportável, e apesar dos resultados consistentes(vice-campeão em 96), Frentzen foi apontado como um grande fracasso.

    • Raul disse:

      Muito injusto estas tuas colocações contra o Rubinho. O Rubinho foi o único piloto pobre que o Brasil teve. Todos os pilotos brasileiros que correram na F1 foram de família rica, inclusive o Nelson Piquet, o problema é que o Piquet não se dava com o seu pai (um político muito influente), a Dona Clodilte, mãe do Piquet vivia ajudando o filho. Massa é de família muito rica, Diniz, Senna, Pizzonia, Fittipaldi. Até o Moreno tinha razoáveis condições financeiras.
      O Rubinho, era de família classe média, tinha um patrocínio pequeno da Arisco que mal dava para se alimentar, depois que ele foi pra F1 o patrocínio da Arisco melhorou.
      Você é desinformado, inventa coisas…tudo para tentar desqualificar o Rubinho.
      O Rubinho é um piloto muito bom, na minha opinião não deve nada ao Piquet, mas é inferior ao Senna e ao Émerson.
      Eu queria que o Piquet pegasse os pilotos que o Rubinho pegou, O Piquet pegou um Schumacher inexperiente em 1991 e apanhou feio nos treinos do alemão. Duvido o Piquet derrotar o J. Button.
      O Piquet é valente contra o Rebaque, Teo Fabi, Conrado Fabi, Patrese, Nakajima.
      O Rubinho só pega piloto carne de pescoço, já o Piquet só pega file mignon (exceção Mansell e olha que o Mansell perdeu feio para o De Angelis na Lotus e para o Prost na Ferrari).

  4. Marcelo disse:

    Nos anos 50 e 60 não existiam patrocinadores, mas o fato é que sempre existiu “privilégio” na F-1, nessa época a coisa era meio camuflada…basta lembrar de Fangio bancado pelo governo da Argentina.

    A fama de “pagante” começou a partir da década 70 com a entrada de patrocinadores, só que a coisa era em menor escala comparada as décadas seguintes. Um bom exemplo foi Gijs van Lennep, através do patrocinador Marlboro, ele correu para o time Iso-Marlboro de Frank Williams, com o qual obteve um ponto em Zandvoort.

    Lauda em inicio da carreira, pediu empréstimos bancários para chegar à March, em 1971, e depois à BRM, em 1973. Depois, o seu talento fez o suficiente para que o seu companheiro de equipe, Clay Regazzoni, o recomendasse a Enzo Ferrari, que o contratou no inicio de 1974. Conta-se que com o salário que a Scuderia lhe deu, foi mais do que suficiente para pagar as suas dívidas aos bancos. Mas o fato é que Lauda teve que pagar para correr no início na Formula 1.

    Peter Revson que também correu nos anos 70, nasceu numa abastada família judia, fundadora dos Cosméticos Revlon. A fortuna da família estava, na altura de sua morte, avaliada em 1 bilhão de dólares. Nesse caso, o rapaz nem precisava de patrocinadores, bancava do próprio bolso da mesma forma que Pedro Paulo Diniz fez nos anos 90, o que importava era correr.

    Para Elio De Angelis a Fórmula 1 também veio rápido, em 1978 com um teste para a equipe Shadow, com a qual assinou o contrato para disputar a temporada seguinte. Suas origens, no entanto, mostravam Elio como mais um piloto rico, que só garantira um lugar na Fórmula 1 graças à generosa ajuda financeira de seu pai. Seu desempenho na pista revelou um piloto de certo talento, capaz de dominar facilmente a complexidade dos carros-asa, presença marcante na categoria naquela época. No entanto, Elio não teve talento suficiente para brigar por títulos com feras do nível de: Piquet, Lauda, Prost ou Senna…

    Pra quem acredita que nos anos 80 não existia “pagante”, De Angelis é apenas o início…

    Nos anos 80 a coisa se multiplicou, haviam pelo menos 9 equipes “nanicas”, basta observar a temporada de 1987, pilotos pagantes era o que não faltava em time pequeno.

    Temporada de Fórmula 1 de 1987
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Temporada_de_F%C3%B3rmula_1_de_1987

    Basta separar os times ricos(de fábricas ou bancados por fortes patrocinadores), pra perceber quem pagava ou não pra correr. A coisa era tão discrepante em 87 que existia até o Troféu Jim Clark (para pilotos com motor aspirado), vários times sequer podiam sonhar com o caríssimo motor turbo.

    Nakajima entrou na F-1 apadrinhado pela Honda, logo, a nacionalidade também pesa no mundial! Politicagem sempre existiu na Formula 1, os casos de Fangio e Maldonado são semelhantes, dependeram de governo do país pra entrar no mundial.

    Em 1980, Héctor Rebaque foi piloto da Brabham substituindo o argentino Ricardo Zunino. O piloto mexicano trouxe para a equipe o patrocínio da petrolífera mexicana PEMEX.

    Por que uma banda estamparia um Fórmula 1? Pela amizade. O piloto Slim Borgudd, ex-músico, era amigo de Björn Ulvaeus, um dos “B” do grupo sueco ABBA, e participava de algumas gravações de estúdio da banda e eventuais shows. Ajudando a obter uma vaga na equipe ATS, lá estava o grupo ABBA estampando a carenagem da equipe e financiando o piloto em 1981.

    Slim Borgudd – ATS – 1981

    Andrea De Cesaris, era filho de um comerciante riquíssimo, que mais tarde se tornou representante da Marlboro na Itália(precisa falar mais alguma coisa?), o italiano começou a sua carreira nos karts, onde se tornou um rei das pistas. Com apoio da Marlboro, sempre conseguia uma boa vaga na F-1.

    No ano de 1987, De Cesaris foi para a Brabham que dependia de um patrocinador para disputar todas as provas, na época a Brabham já se encontrava em irreversível estado de decadência. Na véspera do encerramento das inscrições, o italiano chega ao Rio de Janeiro com o patrocínio na mão, e vai logo para a pista. Eddie Jordan queria o piloto romano para o campeonato de 1992, mas o novo patrocinador do time irlandês era a Barclay, o rival da Marlboro, De Cesaris não podia ficar.

    Jan Lammers, com o título da F-3 europeia em mãos iniciou sua carreira na F-1 pela equipe Shadow, que já estava em seu estágio final na categoria-mor do automobilismo. Com o apoio dos cigarros Samson (que chegou a estampar um leão na frente do carro), o holandês dividiria o monoposto com o jovem italiano Elio De Angelis. Curiosamente, durante os treinos para o GP de Detroit 82, o acelerador de seu Theodore fica preso e Lammers bate no muro, fraturando o polegar. Após o GP da França, Lammers perde a vaga na Theodore depois que o irlandês Tommy Byrne apareceu com um patrocínio satisfatório, Lammers fica sem correr durante o resto do ano.

    Com o apoio da Cerâmica Imola, Alboreto é convidado para um teste com a equipe Tyrrell, em 1981. Completou algumas voltas e logo foi contratado para substituir o argentino Ricardo Zunino no Grande Prêmio de San Marino. Foram dez corridas e um 9º lugar no GP da Holanda, como melhor resultado.

    Alboreto foi sondado pela Williams, mas as negociações não progrediram e o piloto italiano voltou para a Tyrrell em 1989. Apesar dos problemas, conseguiu o 5º lugar em Mônaco e o 3º no México (último pódio na carreira). Fazia grande apresentação nos Estados Unidos e foi obrigado a abandonar a corrida com problemas na transmissão. Alboreto saiu no meio da temporada com problemas envolvendo a equipe e seu patrocinador. Antes do Grande Prêmio da França, Ken Tyrrell aceitou o patrocínio da Camel.

    “Não gosto de quebrar contratos e pedi para a Tyrrell conversar com a Marlboro. Mas Ken disse que o problema era meu.” – revelou Alboreto, que aceita o convite da Larrousse-Lamborghini para disputar a pré-classificação no final do ano.

    Para o GP da França 89, Ken Tyrrell dispensava Alboreto e convocava o francês Jean Alesi, vindo da Fórmula 3000 Internacional e com o patrocínio da…Camel.

    Thierry Boutsen, em 1983 arranjou 500 mil dólares em patrocínios e comprou um lugar na Fórmula 1, ao serviço da Arrows. A sua primeira corrida foi no seu GP natal, em Spa-Francochamps, onde não chegou ao fim. No resto da temporada, o melhor que conseguiu foram dois sétimos lugares. Thierry, então com 26 anos, não pontuou na sua primeira temporada.

    M.Schumacher foi bancado por uma corrida(GP da Bélgica-91), no valor em torno de 300 mil dólares, mas esse alemão já chegou como fora de série ao volante, com apenas uma classificação chamou atenção de ninguém menos que Flávio Briatore. Logo o alemão foi contratado para ser titular ao lado de Piquet na Benetton. Se o piloto é acima da média, o apoio financeiro no começo da carreira fica em segundo plano! Schumacher fez parte do Programa de Desenvolvimento de Jovens Piloto da Mercedes Benz (Mercedes Junior Tean), juntamente com o compatriota Frentzen e o austríaco Wendlinger. É outro caso, a Alemanha preparou para formar um grande piloto pra Formula Um, a coisa foi toda planejada e copiada em outras gerações.

    Bertrand Gachot tinha uma estrutura profissional, com todo o suporte do patrocínio da Marlboro – que era uma espécie de Red Bull, a Marlboro bancou cifra altíssimas em cima de vários pilotos nos anos 70/80/90, poucos se destacaram.

    Rubinho foi outro caso, ele sempre teve apoio da Arisco desde o Kart. Em 1995 trocou a forte Arisco pela gigante Pepsi(patrocínio em torno de 3,5 milhões de dólares), depois Rubens teve apoio da Davene, Nokia e NET até 1999. Rubinho foi piloto pagante na Formula 1 entre 1993 e 1999, mas se o piloto conseguiu apoio é porque alguém botou fé, ou seja, valeu a pena o investimento!

    Ayrton Senna por mais talentoso que foi, nos tempos de kart era taxado como filhinho de papai. Senna chegava as corridas de Mercedes e motorista, na bagagem uma forte estrutura. Ao contrário da maioria dos rivais, Senna tinha vários chassis e motores novos nos boxes. Pra competir nas categorias de base na Europa, Senna dependeu de dois bancos(Nacional e Banerj). Sem esse forte apoio ele nunca chegaria a Formula 1. Estamos no Planeta Terra e não em um paraíso, quem pode mais chora menos…o Mundo sempre girou em cima da grana!!!

    Histórias de pilotos sendo “apoiados” são as mais variadas por toda Formula 1, basta pesquisar e ver que isso sempre existiu, uma delas aconteceu com Paulo Carcasci que quase correu no lugar de Rubinho na Jordan.

    -Essa história da Larrousse eu não conhecia. Foi uma negociação direta com o Gérard Larrousse?

    Sim, a gente trocou Fax, Telex, uma coisa assim – não era e-mail ainda, né? -, mas é sempre assim: “Tudo bem, estamos interessados, queremos você, mas precisamos de grana”. Até com a Jordan, na época em que o Rubinho [Barrichello] ainda estava lá, acho que em 94, ele tava pra sair da Jordan e o Geraldo Rodrigues, que era o manager dele, falou: “Bom, vâmo lá, Paulo, porque o Rubinho vai sair e nós vamos pôr você no lugar dele”. Eu fui pra Hungria [no fim de semana do GP] conversar com o Eddie Jordan. Conversamos e, aproveitando que a gente estava lá, o Geraldo me levou pra conversar com o Peter Sauber, mas acabou não funcionando toda a estratégia que ele tinha, em termos de patrocínio. Porque o Rubinho estava pra ir, se eu não me engano, pra McLaren, e não poderia levar os patrocinadores, Arisco e Pepsi. Então esses patrocínios ficariam na Jordan e eu aproveitaria esses patrocínios e iria correr. Era mais ou menos esse o projeto todo e eu era o piloto para seguir levando os patrocínios do Rubinho na Jordan. Mas também não deu certo.

    Aceitem a Formula 1 como ela sempre foi, é um “puxando o tapete do outro”…

  5. Paulo André disse:

    Existem muitos pilotos que chegam a Formula 1 sendo rápidos e destruidores de carros e que, ao serem lapidados, viram grandes pilotos. Maldonado não conseguiu avançar ao segundo estágio – e parece até menos rápido, já que Grosjean vem andando mais que ele.

  6. Marcelo disse:

    “Maldonado deixou claro para o time que o seu acordo dá a ele o direito de guiar em todas as sessões de cada GP”
    http://grandepremio.uol.com.br/f1/noticias/maldonado-cita-acordo-financeiro-e-se-recusa-a-abrir-mao-de-treinos-livres-em-favor-de-palmer-diz-jornal

    Parte mais dura nesse esporte é arrumar patrocinador de peso, nisso Maldonado foi genial! Nos dias de hoje, quem consegue uma petrolífera para bancar cinco anos na Formula Um?

    Jolyon Palmer é britânico, filho de ex-F1 Jonathan Palmer, tem a vantagem de nascer no berço do automobilismo, Inglaterra. Se não arrumou patrocinador de peso, paciência…

    Você cidadão comum, vai pedir para dar uma volta em um kart para um piloto amador. Não tem “pão velho” nesse esporte.

    Nos tempos de kart, Senna tinha fama de “filhinho de papai”, sua família bancava tudo no kart. Ayrton tinha uma estrutura de dar inveja aos rivais, chegava na pista de Mercedes com motorista. Depois (seu pai né, forte empresário em empreendimento rural de mais de seis mil hectares no oeste baiano), teve que convencer bancos Nacional e Banerj pra bancar o filho nas categorias de base na Europa. Estamos no Planeta Terra e não em um Paraíso, nada vem de graça, tudo é jogo de interesses…

    Pra piorar, Jolyon tem uma carreira pouco expressiva em monoposto, foi campeão na GP2 Series em 2014, mas essa categoria declinou muito nos últimos anos. Nasr chegaria a Formula Um pelos resultados? Claro que não, nem título nas categorias de base conseguiu nos últimos três anos, mas comprou vaga na Sauber, esta de dando bem…dane-se o resto. Mclaren, Toro-Rosso, Force Índia e Lotus estão fazendo um início de temporada muito ruim, isso explica porque Sauber vem se destacando.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Jolyon_Palmer
    http://en.wikipedia.org/wiki/Felipe_Nasr

    Quem não se destaca como piloto “acima da média”, tem que arrumar grana pra disputar Formula Um, sempre foi assim. Quem tem talento, muitas vezes espera na fila…

    Bottas e Hülkenberg fizeram carreiras fantástica nas categorias de base, mas ambos sofreram para arrumar vaga na F-1(sempre aparecia um na frente com grana, entre muito, Bruno Senna), mas talento eles sempre mostraram nas categorias de base. Bottas tem uma corrida a menos em 2015, mas já esta botando pressão em Massa na tabela. Felipe fez uma corrida muito fraca no Bahrein, dava pra chegar mais a frente. O que dizer de Hülkenberg, a sorte não o acompanha, já esta pensado correr pelo WEC.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Valtteri_Bottas
    http://en.wikipedia.org/wiki/Nico_H%C3%BClkenberg

    Maldonado esta certo, foi ele quem correu atrás do governo da Venezuela pra arrumar patrocinador, e arrumou a PDVSA com cerca de 150 milhões de euros pra bancar cinco anos de F-1. Quem paga o salário da turma na Lotus é Maldonado, pessoal tem que dar graças a Deus…

  7. Flavio Gomes disse:

    O Pastor Maldonado é um ótimo piloto e, por isso, está a tanto tempo na F-1.

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