O jornal espanhol Marca divulgou uma entrevista com Ryo Mukomoto, engenheiro de desenvolvimento da Honda, que teria revelado uma imagem desalentadora das expectativas da equipe a curto e médio prazo.
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Segundo o jornal, o engenheiro teria dito que vencer corridas não está nos planos para esse ano nem para o próximo, frustrando fãs da marca japonesa e da equipe inglesa mundo afora. Makumoto ainda teria dito que para o ano que vem tentariam apenas se aproximar da terceira equipe na tabela (atualmente a Williams) e no fim da temporada, refreando ainda mais os desejosos de conquistas mais ambiciosas da outrora poderosa dupla.
Só que a Honda declarou que o engenheiro em questão nunca deu entrevista ao Marca nem a qualquer outro veículo de imprensa e mais: nem sequer trabalha no projeto de Fórmula 1 da fabricante japonesa, colocando em cheque o retrato negativo trazido pela tal entrevista.
Tirando a questão de se a entrevista de fato ocorreu ou não, algo que ainda saberemos ao certo, o fato é que o interesse dos fãs de Fernando Alonso, Jenson Button e da McLaren em saber dos planos de evolução da Honda é grande, sobretudo porque também é grande a desvantagem da equipe para as suas rivais históricas que hoje sobram confortavelmente sobre ela na pista.
Por mais que a Honda esteja apenas com a McLaren desenvolvendo seu motor, ao passo que as rivais tinham no mínimo 3 equipes para isso em seus anos de estreias das motorizações turbo – e portanto tinham 3 vezes mais informações coletadas e testadas para ajudar a traçar um retrato dos problemas e reagir – a falta de desempenho deles é muito grande (fala-se em um deficit de 100 cavalos para os Mercedes) e mesmo a confiabilidade e dirigibilidade do propulsor é questionada, colocando mais pressão sobre uma evolução mais vigorosa.
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No fim das contas creio que exatamente por estarem mais atrás no desenvolvimento, o potencial da Honda em avançar a cada versão nova de motor é até maior que o de algumas de suas rivais, mas a concorrência não vai ficar parada nesse período, então por enquanto não espero grandes resultados de Button e Alonso para esse ano (pontos sim, pódios por enquanto não creio), sobretudo quando as punições por excesso de trocas de motores por quebras nas primeiras corridas começarem a pipocar na segunda metade da temporada, derrubando-os no grid – se bem que Red Bull e Toro Rosso sofrerão tanto ou mais nesse aspecto.
Vexame histórico, muito pior do que eu imaginava, achava que Alonso e Button iam pelo menos pontuar regularmente. Salve uma grande mudança de regulamento nos próximos anos, não vejo Mclaren-Honda brigando por títulos antes de 2019.
O drama da Mclaren-Honda:
2015 – Evitar quebras, manter os carros no Q3, terminar as provas na mesma volta que o líder, temporada para esquecer.
2016 – Pontuar regularmente, se possível buscar primeiro pódio…
2017 – Conquistando pódios regularmente, buscar as primeiras vitórias.
2018 – Se manter entre os três times mais fortes do grid, próximo objetivo, o título, de pilotos ou construtores.
Nada esta garantido, tecnicamente a Williams evoluiu muito em 2014, conquistou nove pódios, mas nem assim conseguiu a primeira vitória. O time começou bem 2015, mas não vai ser fácil conseguir pódios. Problema da Williams é a eterna falta de dinheiro, coisa que não acontece com Mclaren-Honda, mas pra bater Ferrari e Mercedes, a coisa é mais embaixo.
Não tem mágica, Brawn-GP chegou “arrebentando” logo de cara? Claro que não, em 2009 deu sorte de usar o confiável motor Mercedes, um motor que já estava no mundial desde 1994. Bom lembrar, 2009 foi uma temporada atípica, as grandes equipes com seus pilotos estavam fora da briga pelo título. Era uma época em que a aerodinâmica predominava, e Ross Brawn deu o “pulo do gato” com difusor soprado, depois copiado por A. Newey na RBR, mas ninguém pode negar o motor Mercedes caiu como uma ‘luva’ no carro da Brawn-GP.
Ferrari, Mclaren, BMW-Sauber e Renault não tiveram chance em 2009, era o ano da Brawn-GP e RBR(nesse ano as principais equipes apostaram no caríssimo KERS, já equipes como Brawn-GP e RBR no difusor soprado. Williams fez um meio a meio, e não deu certo). Uma temporada como aquela, só acontece uma vez a cada 60 anos. Mclaren-Honda teria que ter sorte semelhante pra entrar na briga a curto prazo. Mas o objetivo é brigar de igual pra igual com Ferrari, Renault e Mercedes. A Honda quer ganhar campeonatos batendo as grandes fábricas!
Quanto mais tecnologia, mais complicado desenvolver o carro, vejam a Mercedes, com time próprio só foi fazer um campeão na quinta temporada, caso semelhante aconteceu com a RBR, só chegou ao título de pilotos na sexta temporada. Formula Um dos anos 2000 se tornou extremamente complexa, não é a toa que o retorno da Honda com BAR e time próprio foi um fiasco total. Entre 2000 e 2008 a fábrica japonesa conquistou apenas uma vitória com Button em 2006.
Detalhe, se Mclaren-Honda não melhorar, pode ficar sem piloto de ponta nos próximos anos…
Não era o difusor soprado na BrawnGp, mas sim o difusor duplo. Uma brecha no regulamento aliado a uma forcinha que deram a equipe pelo drama vivido com o abandono da Honda, não proibindo o difusor naquela temporada mas na seguinte.
Competência não falta a Honda, mas pela última passagem paciência dura três ou quatro temporadas, sem resultados não existe compromisso isso com certeza.
Este tal de Makumoto, não trabalha na Honda, por isto não fala em nome da Honda, eu acho que alguém plantou esta notícia, como foi na Espanha eu desconfio de um piloto ou de um fã espanhol deste piloto. Aliás lembra muito a entrevista do Osamu Goto dada para Autosprint em 2007, tudo falso, a revista Autosprint disse que a entrevista e o jornalista Massimo Casiraghi não existiam, o Senna na entrevista era um Zé ninguém, um pobre coitado, mais tarde se descobriu que foi um fã clube de um piloto brasileiro que inventou a entrevista, mas o pior é que até hoje tem gente que acredita nesta entrevista. Precisamos tomar cuidado com a internet tem muita falsidade.
Esses dias descobri que o autor da falsa entrevista está no grupo em que eu sou um dos administradores. As vezes mando umas indiretas só pra ver se ele se abraça na ideia….hehehe
qual o grupo meu caro?
Olha, vejo todo mundo caminhando meio cego em 2017 – quando todo mundo vai estar que nem 2014,meio perdido com (velhas) novas aplicações no carro… seria interessante que a Mclaren fosse cobrada também, afinal eles deveriam fazer chassis competitivos…Independente do motor… já ajudaria não estar tão conformado em performance… e desde 2012 com o MP4-27 nada de bom foi feito pela equipe… então se a Mclaren, independente do motor está nessa situação, está por descompromisso com a vitória,mas como foi explanado aqui, eles ganham bastante dinheiro… então tendo essa “database ” eles estão “enchendo linguiça” até chegar 2017.