O ano de 2015 da McLaren tem sido, de longe, o pior de sua história. Ela começou a temporada com os pés no chão esperando problemas de confiabilidade e desempenho por causa do motor novo da Honda, lançado após um período insuficiente de pesquisas e testes.
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Só que jamais esperavam um primeiro semestre tão catastrófico, horrível e vergonhoso com tantos abandonos em treinos e corridas por sucessivas quebras e ainda tomando uma lavada das rivais no cronômetro, méritos sobretudo de um motor configurado de forma conservadora para evitar mais quebras ainda, segundo a equipe deixa a entender.
Fernando Alonso e Jenson Button, entretanto, mantiveram oi discurso otimista a cada bordoada que levaram do motor, sempre esperando por uma reação que não vinha e reiterando ao menos nas declarações o comprometimento com o futuro da equipe e sua parceira, sobretudo o espanhol que tem contrato até 2017 – Button ainda não é certeza, embora deveria ser.
O carro em si tem soluções técnicas interessantes, como a traseira ultra compacta projetada pelo ex-braço direito de Adrian Newey, Peter Prodromou, que lidera o setor de aerodinâmica da equipe, mas com um motor 120 cavalos mais fraco que os Mercedes, por exemplo, fica difícil até mensurar o potencial do carro, já que ele nunca estaria em pé de igualdade com os carros que usam Ferrari, Mercedes e até Renault.
Agora no GP da Hungria a equipe teve um grande resultado, com Alonso chegando em 5º e Button em 9º, mas convenhamos, o mérito maior da equipe foi se aproveitar dos erros e problemas da concorrência pois fico com a impressão que se tantos carros mais rápidos como Massa, Bottas, Hulk, Kimi, Perez e Sainz não tivessem enfrentado quebras e/ou azares, seriam grandes as chances da equipe zerar novamente.
Ao menos vimos que a durabilidade do carro melhorou e a área de planejamento das estratégias de pit-stops está afiada, entretanto, graças Às amarras do regulamento, ainda não sinto confiança para dizer que o motor Honda teve como melhorar a ponto de garantir um segundo semestre melhor a ponto, por exemplo, de pontuar com mais frequência (sobretudo em pistas de alta como Spa e Monza) e assim recolocar a equipe em sua posição de grande potência e assim arregimentar um novo patrocinador principal, algo que eles não tem desde o fim de 2013.
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O desafio para a segunda metade continua, portanto, o mesmo da primeira: entender e aperfeiçoar o carro e sobretudo o motor de forma a não ter mais quebras (com suas consequentes punições no grid), possibilitando uma evolução real e a coleta de mais dados úteis para formar uma base confiável para alicerçar o projeto de 2016, que a essas alturas já caminha em paralelo com o desenvolvimento do carro atual.