Análise “equipe-por-equipe” do GP da Itália

Assim como vimos na classificação, a corrida comprovou que a potência dos motores era um fator preponderante para o sucesso nessa corrida e isso deu a Lewis Hamilton a tranquilidade para vencer mais uma corrida sem nenhuma dificuldade, apesar o imbróglio dobre os pneus após a bandeirada. Vejamos agora a análise “equipe-por-equipe” desse GP da Itália!

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MERCEDES: Lewis Hamilton teve a corrida dos sonhos nesse domingo: venceu a corrida e Nico Rosberg – o azarento e seu maior rival para o título, quiça o único, abandonou com o motor indo pelos ares a 3 voltas do final, permitindo que a diferença entre os dois na tabela chegue a 53 pontos. No fim da corrida houve a controvérsia sobre os pneus dele e Nico estarem abaixo do que a Pirelli exige, mas no fim não deu em nada. Será que essa absolvição foi errada? Afinal é uma regra e ela foi quebrada! Por outro lado perder uma vitória por 0,3 de pressão num pneu pode parecer injusto e até conspiração para dar à Ferrari uma vitória em casa, certo ? Honestamente? Errado: se a regra foi quebrada, tinha que haver punição e fim de papo.

FERRARI: Kimi Raikkonen mais uma vez escorregou no tomate e perdeu uma grande oportunidade de fazer uma bela corrida ao errar na largada (Arrivabene não aliviou e disse que o piloto se atrapalhou com os botões) e depois fez uma corrida de recuperação de último até uma bela quinta posição, mas perdeu um pódio quase garantido. Vettel, por outro lado, fez o que se esperava dele: ficou atrás de Hamilton e se manteve à frente de de um ameaçador Rosberg e no fim, finalmente foi ovacionado pela torcida Tifosi no pódio italiano.

WILLIAMS: Sem equipamento para brigar com Hamilton ou Vettel, a grande obrigação da equipe era manter Rosberg atrás deles, algo que vinham conseguindo, mas pra variar uma estratégia de parada de box um pouco mais ousada por parte da rival desmontou as pretensões Williamescas, sobretudo quando se constata claramente que o tempo de parada da equipe é cerca de 1 segundo o pior dentre as equipes com as quais disputa posições. Tudo culpa do pit-stop portanto? Não, pois Rosberg também foi muito mais rápido na sua volta “livre” e assim garantiu o bote, mas de toda forma a equipe de Massa e Bottas tem que melhorar muito nesse campo. De toda a forma o brasileiro fez uma belíssima corrida dentro dessa realidade e ainda segurou Bottas nas voltas finais!

FORCE ÍNDIA: Sergio Perez fez mais uma bela corrida, sem erros nem tropeços, chegando à frente de Nico Hulkenberg que teve um encontro com Maldonado na primeira volta, afetando o equilíbrio de seu carro. Aqui vale um comentário: Hulklenberg é sempre citado como potencial nome para grandes equipes e que merece um carro melhor -de fato merece – mas o mexicano tem feito um excelente trabalho esse ano, mostrando que tem muito talento e apesar daquele péssimo ano na McLaren, onde foi com a cabeça “errada” e acabou dispensado, merece sim ser considerado também como um dos bons nomes desse grid.

RED BULL: Numa pista onde precisariam de um motor mais forte, Ricciardo e Kvyat fizeram o que podiam, com o australiano ainda conseguindo dar o bote em Ericsson na última curva para sua alegria. Em Singapura, um circuito travado onde a eficiência do chassis conta mais, deverão pontuar com mais fartura.

SAUBER: Pela terceira corrida consecutiva Marcus Ericsson pontuou para a equipe. Nasr não. Mas dessa vez o brasileiro que vem sofrendo com problemas de freios (Ericsson não pois tem um estilo de pilotar e frear diferente, que não parece afetado pelos freios do carro) teve um pneu furado e como consequência teve que fazer uma parada a mais e sempre com os pneus mais duros, que rendem menos. Ainda assim chegou numa boa 13ª posição, mas a verdade é que, seja evitando incidentes, erros ou falta de sorte, Felipe precisa encaixar um bom resultado (pontos à frente de Ericsson) para dar uma respirada nessa segunda fase do campeonato que ainda não tem sido das mais afortunadas.

TORO ROSSO: Assim como a matriz, a filial também sofreu com a falta de potência dos motores franceses nessa pista e ainda viu seus dois pilotos punidos, o que lhes jogou mais para trás, Verstappen por aquela carenagem de motor solta na classificação e Sainz por cortar a primeira curva na largada, mas seus carros pareciam mais rápidos que os da Red Bull (veja os melhores tempos deles na tabela abaixo).

McLAREN: Bom, se as Red Bull e Toro Rosso sofreram com a falta de potência, o que dizer das McLaren? Alonso ainda foi brutalmente claro quando disse perdiam 3 segundos por volta só nas retas, um claro recado que o problema maior deles ainda é no motor. Motor esse que fez o espanhol abandonar de novo para evitar danos maiores e mais uma troca… Será tudo culpa do motor mesmo? Que dureza.

MANOR: Seus dois carros chegaram inteiros, mesmo que 2 voltas atrás, o que é melhor do que algumas equipes maiores que a rondam no grid…

LOTUS: Maldonado teve um toque de corrida na primeira curva com Hulkenberg e por mais que o alemão tenha desalinhado o carro nesse episódio, foi o azarado venezuelano que teve sua suspensão quebrada, abandonando de novo (em Spa ele bateu numa zebra e quebrou o câmbio também na primeira volta). Outro que teve quebra de suspensão na primeira volta foi Grosjean, num toque que tirou o segundo carro da equipe da corrida. Com isso a Force Índia os passou na tabela.

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5 respostas para Análise “equipe-por-equipe” do GP da Itália

  1. Bruno Luna Ribeiro disse:

    Se foi irregular, deveria ser punida, problema é que, por ser uma regra nova, não foi criado devidamente o procedimento de aferição. O que houve é que a Mercedes junto a Pirelli aferiram o pneu com uma temperatura e a FIA com outra, gerando essa controvérsia dos valores. A FIA não puniu por este motivo, mas deixou claro que vai deixar mais transparente até a próxima corrida como acontecerá o processo de aferição, evitando aferições em estados diferentes. Por este motivo achei a decisão coerente.

    • Anônimo disse:

      clap clap

    • Diego disse:

      O seu comentário resume perfeitamente o que dito pelo Livio Oricchio e Julianne Cerasoli em suas respectivas colunas ou blogs. Os que dizem que o Lewis deveria ser punido deveriam se informar melhor e não cometer gafes com informações equivocadas…

      • José Inácio disse:

        Eu disse que “SE ESTÁ IRREGULAR”, deveria haver punição. O problema é que a regra foi (pra variar) mal escrita e deixa brechas e aí a punição não é automática e cria-se essa celeuma. Se a regra não diz claramente que deve haver punição, fizeram bem em não punir, mas então qual o ponto de haver uma regra? Tem que ser reescrita de forma mais clara.

  2. Renatope disse:

    Discordo sobre a questão da punição ou não à Mercedes.
    A regra que existe diz que devem ser respeitadas as exigências impostas pela fabricante de pneus, que por sua vez, solta diretivas técnicas de como as equipes deve lidar com seu produto a cada Grand Prix.
    A mercedes não agiu de forma errada visto que no momento da colocação dos pneus, foi feita a aferição da pressão e eles receberam o OK da própria Pirelli e portanto estavam em condições normais de corrida. Ao chegar no Grid, em nova aferição, constatou-se pressões abaixo do estipulado, contudo nada foi feito pela pirelli e nem pela FIA, que deveriam ter agido e impedido a Mercedes de largar ou tomado outra medida para averiguar a queda na pressão, que poderia ser oriunda de diversos fatores, inclusive de erro na hora da medição (deixar escapar gás ao posicionar a válvula).
    Ter modificado o resultado após a corrida seria uma injustiça com a equipe que foi superior e que, se correu de forma irregular, correu por causa da omissão da pirelli e da FIA que não tomaram as medidas cabíveis quando deveriam.
    Levar a regra ao pé da letra demais pode não ser muito inteligente, pois se for pra punir qualquer carro que tenha as pressões abaixo das libras determinadas, deveriam então ter punido o Nasr que teve um furo no pneu. Mesmo que isso seja um absurdo, a menos que houvesse um parágrafo na regra isentando o piloto que tivesse pneus furado, se esta fosse levada ao pé da letra sempre, teria que ser aplicada a punição nesse caso hipotético.

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