Ar rarefeito do México faz Fórmula 1 voar e ferver

A Fórmula 1 viu seu recorde de velocidade para os novos carros da era turbo ser quebrado no México. Mas como se os carros estão com asas reguladas para ter carga aerodinâmica máxima como em Mônaco e se na altitude os motores normalmente perdem potência?

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Bom, as respostas estão todas no parágrafo acima! Como se trata de uma pista em elevada altitude (2.285 metros acima do nível do mar), o ar é mais rarefeito e portanto segura menos os carros nas retas e curvas – o que além do asfalto virgem e escorregadio, ajuda a explicar as muitas escapadas de pista – mesmo com as asas com reguladas em suas inclinações máximas.

Normalmente os motores perdem potência em altitudes mais elevadas, exatamente porque o oxigênio usado na combustão é mais rarefeito também, mas como os motores são turbinados, eles terão a mesma potência que numa corrida realizada ao nível do mar, como Abu-Dhabi, pois as turbinas compensam esse deficit trabalhando cerca de 8% mais mais rapidamente e a fonte de potência elétrica não sofre alteração. Se os motores fossem aspirados, a perda de potência seria de 22,8%.

Mesmo com a asa muito mais “carregada” que na Itália, os carros são mais rápidos nas retas mexicanas

Só que existem também os lados negativos: exatamente por ter que trabalhar mais intensamente os turbo-compressores estão mais sujeitos à quebras, o que pode acender uma luz amarela em equipes que usam motores que tem histórico de maior fragilidade, como a McLaren-Honda e Red Bull e Toro Rosso com seus Renault. Além disso o ar rarefeito além de diminuir a pressão aerodinâmica nas curvas, também torna mais difícil o resfriamento do motor, baterias e freios (Rosberg que o diga na foto acima), já que tem menos ar resfriando essas partes, o que exige uma configuração específica para contornar esse cenário.

Com tudo isso vimos Lewis Hamilton quebrar o recorde dessa nova geração de carros de Fórmula 1 ao atingir 362,3 Km/h no segundo treino livre da sexta-feira, superando a marca de Kimi Raikkonen que em Monza havia alcançado 361,0 km/h com sua Ferrari, número que pode ser novamente superado na classificação de hoje.

ATUALIZADO: Conforme previsto o recorde caiu de novo: Felipe Massa registrou máxima de 364,3 Km/h na classificação com sua Williams-Mercedes.

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7 respostas para Ar rarefeito do México faz Fórmula 1 voar e ferver

  1. vitor disse:

    Muito interessante essa materia

  2. Anônimo disse:

    Incrível, esses nova unidade de potência com motores v6 está mais rápida que os v8!!! Só não está mais rápida que os v10, Bring back v10 please!!!!

  3. Anônimo disse:

    Vale ressaltar que em todo o circuito mexicano, as médias de velocidade são baixas, se compararmos com Monza. Não podemos jamais comparar em termos absolutos. No geral esses carros são lentos.

    • José Inácio disse:

      Sim, pois o circuito é bem mais travado, por isso usam mais asa e mesmo assim voam na reta.

      • Anônimo disse:

        Pode me tirar uma duvida? Nunca li nada a respeito. No circuito de Aida, onde ocorria o GP do Pacífico, as asas traseiras eram diferentes das usadas nos demais circuitos. Julgo ser pela mesma característica, ter mais down force. Estou certo ou eu vi errado? Obrigado

      • José Inácio disse:

        Está certo. Até 1994 aquelas asas maiores eram permitidas e as equipes usavam em pistas travadas como Aida, Mônaco e Hungria

  4. Pedro Rodrigues disse:

    melhor v6 cm segurança . que v10 com acidentes fatais”?’

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