Com base nas muitas escapadas de pista vistas nos treinos, criou-se a expectativa que muita gente sairia da pista na corrida e que haveriam batidas ou ao menos muitas trocas de posição, mas não foi bem isso que aconteceu e o GP do México, embora com bons momentos, algumas batidas e público vibrante, foi menos emocionante do que esperava. Ok, talvez eu tenha ficado mal acostumado após o fantástico GP dos Estados Unidos. Vamos agora à nossa tradicional “análise equipe-por-equipe” da corrida:
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MERCEDES: Como sempre os prateados sobraram. Rosberg fez uma corrida segura e sempre manteve Hamilton atrás de si. Sobre Hamilton aliás, creio que tenha colaborado um pouco para assegurar o vice-campeonato de seu companheiro, pois tive a impressão que por vezes ameaçava apertar o ritmo mas depois aliviava, nada, entretanto, que desabone a vitória do alemão, que foi mais rápido que o tricampeão durante todo o fim de semana.
WILLIAMS: Se não fosse o safety-car, provavelmente Bottas não teria terminado à frente das Red Bull, pois estava numa estratégia de uma parada a mais e ainda teve sorte de não quebrar na batida com Kimi. Massa vacilou na relargada e assim perdeu a chance de dar o bote em cima de Ricciardo e depois com pneus mais duros comboiou numa corrida discreta. Ao menos totalizaram 1 ponto a mais que os rubro-taurinos, mas está cada vez mais claro que o equilíbrio do carro (pra não falar na eficiência dos pit-stops) não é grande coisa.
RED BULL: A corrida inteira demonstraram mais ritmo que as Williams, mas o Safety-car tirou toda a vantagem que tinham. Ricciardo ainda conseguiu segurar – com certa tranquilidade, diga-se – Felipe Massa, que nunca chegou perto o suficiente a ponto de usar sua asa móvel. Kvyat foi alvo fácil para Bottas na reta, o que lhe custou um pódio quase certo. Quase.
FORCE ÍNDIA: Hulkenberg superou Perez na pista e manteve-se à frente do ídolo local até o fim, valendo-se do safety-car para colocar pneus mais novos, algo que o mexicano não fez e mesmo assim não perdeu posições para a turma de compostos mais novos atrás dele. Mérito do “dom” de poupar pneus de Checo, que assim completou 53 voltas com o mesmo jogo.
TORO ROSSO: Verstappen mais uma vez fez uma boa apresentação, chegando nos pontos, algo que Sainz Jr. não conseguiu, sobretudo com seu último jogo de pneus que estava terrível, segundo suas palavras. Com isso o cartaz do holandês se valoriza e o espanhol vai ficando em segundo plano.
LOTUS: Enquanto a novela da compra pela Renault não sai, o carro não evolui e assim a conta começa a chegar: pontuar está ficando raro e ainda assim só nos pontos miúdos. Hoje Grosjean marcou seu pontinho e Maldonado ficou na sua cola. Já já a Toro Rosso passa eles na tabela.
SAUBER: Ericsson e Nasr tiveram participações discretas. O sueco ainda ficou à frente o tempo todo, sem ser muito incomodado pelo brasileiro que voltou a enfrentar problemas nos freios. Durante o Safety-car Button, logo atrás, falou pelo rádio que via fogo saindo dos discos de freio da Sauber do brasileiro, que logo em seguida abandonou com o sistema em frangalhos (foto abaixo). Já passou da hora da equipe resolver esse pepino, inclusive por questões de segurança.
McLAREN: Alonso encostou na garagem logo na primeira volta. Ele sabia que não conseguiria correr, mas quis largar em respeito ao público pagante. Que draga… Button, punido com a perda de 70 lugares no grid por trocar tudo que podia no carro, fez triste figuração, só chegando à frente da dupla da Manor.
MANOR: Figurantes pela limitação do carro, só cabe ressaltar mais uma vez que Rossi superou Stevens, seu freguês interno.
FERRARI: Hoje Sebastian Vettel estava num dia de Kimi Raikkonen, isto é: se envolveu em um toque na largada que lhe furou o pneu, passou reto nas freadas, atropelou zebra, rodou sozinho e por fim bateu. Uma corrida que só não é para esquecer porque ele quebrou o recorde de velocidade máxima dos novos motores turbo da Fórmula 1 registrando 366,2 Km/h! Mas Raikkonen também estava num dia de Kimi e assim numa disputa com Bottas – de novo – fechou-lhe a porta e bateram. Pior para ele que teve sua suspensão traseira quebrada e abandonou.
Abaixo seguem as tabelas atualizadas de tempos e de pontos:
Se continuar desse jeito, ano que vem a Williams pode ser a quinta força do campeonato e olhe lá…. pois se a Honda acertar a mão com a Mclaren, se a Red bull achar um motor e ainda mais com a Force India (que terá o apoio e a verba da Aston Martin) As coisas vão ficar extremamente difíceis em Groove… Mas eles são os culpados de sua ”própria sorte” pois a mentalidade conservadora e acomodada que a equipe passa para todos, é bem divergente do que se espera de uma equipe que quer ganhar corridas!