Continuando no nosso “balanço equipe-por-equipe” de fim de ano, analisaremos as campanhas da quinta, sexta e sétima colocadas na tabela de construtores da Fórmula 1 desse ano. E vamos a elas!
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FORCE ÍNDIA: Esse definitivamente foi a melhor temporada da equipe indiana quando analisamos sua posição final na tabela. O quinto lugar inédito, entretanto, não se deu por uma ampla superioridade ante a seus fortes rivais, mas muito pela fraqueza deles: McLaren fora de combate, Sauber apequenada, Toro Rosso limitada pelo fraco motor Renault e Lotus com sérias dificuldades financeiras no segundo semestre -tanto que em 2014 marcaram mais pontos. Isso diminui o feito da turma de Vijay Mallya? Jamais, mas mostra como o carro 2015 dele não foi necessariamente o grande responsável por essa ascensão. Aliás, o carro começou bem mal, como uma adaptação do modelo 2014, só sendo substituído pelo projeto novo de 2015 já no meio da temporada, no GP da Inglaterra, quando passou a obter resultados cada vez melhores (até um pódio para Perez) e se consolidando como quinta força com a bem vinda ajuda dos motores Mercedes. No campo dos pilotos, vimos um Sérgio Perez mais maduro e com resultados sólidos, sem se envolver nas muitas confusões ou erros bobos do passado, resultando na superação de seu prestigiado companheiro de equipe e atual campeão das 24 Horas de Le Mans, Nico Hulkenberg, esse sim autor de alguns erros bobos que lhes custaram pontos importantes, sem falar em alguns azares por quebras. Para 2016 a coisa parecia bem encaminhada para que se tornassem a equipe da Aston Martin, mas parece que essa possibilidade esfriou, aguardemos.
LOTUS: Com a troca para os motores Mercedes em 2015 a equipe voltaria a disputar as primeiras posições, certo? Errado. O carro até que começou bem o ano, disputando os pontos com regularidade, mas a já frágil situação financeira da equipe foi se aprofundando ao longo do ano e aí o desenvolvimento do carro parou por completo, comprometendo o desempenho da irregular dupla Romain Grosjean e sobretudo Pastor Maldonado, que ainda jogaram alguns pontos importantes fora. Mas tenho que fazer uma ressalva: O venezuelano se meteu em mais confusões que o francês, claro, mas também enfrentou mais abandonos por problemas mecânicos de seu carro. O fato é que a equipe decepcionou esse ano, sobretudo depois que começaram a negociar a venda para a Renault, momento em que os donos suspenderam todos os gastos (até comida os mecânicos e pilotos tiveram que filar em outras equipes) de forma irresponsável e o resultado foi ficar atrás da Force Índia e Red Bull, que chegaram a ser rivais reais dos indianos. Para 2016 a equipe volta a ser Renault e portanto terá mais um ano de transição.
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TORO ROSSO: O carro da equipe era bom, tanto que em pistas travadas, onde o motor importava menos, o bom desempenho aparecia mais, mas – e sempre tem um “mas” – o motor Renault, com suas quebras e falta de potência, continuou sendo um grande limitador, obrigando seus pilotos a exigir tudo ao volante e mesmo assim nem sempre pontuar, apesar das razoáveis evoluções trazidas ao longo do ano para essa equipe sem um grande orçamento. O estreante Carlos Sainz foi bem na primeira metade do ano, equilibrando a disputa com seu badalado companheiro, o ainda adolescente Max Verstappen. Na segunda metade do ano, entretanto, Verstappen se mostrou mais espetacular, sobretudo em voltas rápidas e disputas de posição, embora isso não diminua o bom ano do azarado espanhol que abandonou 7 vezes por quebra do motor. Vamos ver se em 2016, quando usarão os velhos motores Ferrari desse ano, a coisa melhora um pouco.
Na próxima semana viremos com Red Bull e Williams e depois Ferrari e Mercedes!
A Toro Rosso com o motor 2015 terá mais chances de obter melhores resultados do que a RedBul com os motores Renault mesmo que melhorados, isso no ínicio de ano. Resta saber como vai ser o desenvolvimento desses motores Tag Heuer. Serão entregues nos testes pré-temporada ou antes? Serão motores 2016 e atualizados por própria conta durante o ano com o uso dos tokens? A RedBull podia pegar esses motores e passa-los a Toro Rosso também, diluindo um pouco os custos.
José,
E o restante das análises?
Abraços.