Seguindo o nosso “balanço equipe-por-equipe” de fim de ano, analisaremos as campanhas da terceira e quarta colocadas na tabela de construtores da Fórmula 1 desse ano. E vamos à elas!
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WILLIAMS: Terminando 2014 como segunda força do grid, muitos esperavam que a equipe inglesa continuasse nesse patamar em 2015, mas logo ficou claro que a Ferrari tinha dado o bote e os passado para trás. Mas não foi só mérito dos italianos, a equipe de Frank também ficou mais longe dos líderes prateados, mostrando que ficaram devendo na prancheta, gerando um carro que era deficiente em pistas mais travadas e já não era tão bom em pistas velozes. Claro que com um orçamento que é menos da metade das duas líderes isso é até compreensível, mas para piorar, no campo estratégico também ficaram devendo bastante, seja em fazer apostas muito conservadoras na hora das trocas, seja por estarem sempre entre os que mais demoravam na hora de trocar os pneus ou simplesmente por errarem demais nesse momento, chegando ao cúmulo de colocarem compostos de pneus diferentes no mesmo carro, um claro sinal de que para voltarem a ser considerados “equipe grande” ainda precisarão comer muito arroz com feijão (ou fish & chips, como bons ingleses) no contínuo processo de reestruturação interna. No fim do ano, já com foco no carro 2016, a Force Índia também era mais rápida do que eles. Com sua dupla de pilotos, a batalha entre Valtteri Bottas e Felipe Massa foi bem mais parelha em 2015 que na temporada anterior, com ambos mostrando alguns bons momentos de brilho mas também se apagando em algumas corridas, isso comparando-os apenas internamente, análise que ao meu ver deixa Bottas com uma leve vantagem sobre o brasileiro, mas ainda assim desfazendo dois mitos: que Massa perdeu a mão depois do acidente de 2009 e que Bottas é um piloto de outro mundo.
- BALANÇO DE FIM DE ANO – PARTE 2 – FORCE ÍNDIA, LOTUS e TORO ROSSO
- BALANÇO DE FIM DE ANO – PARTE 1 – SAUBER, McLAREN e MANOR
- AS “NÃO NOTÍCIAS” DA FÓRMULA 1
- NOVIDADES NA LOTUS, RED BULL, FORCE ÍNDIA E McLAREN
RED BULL: A situação da Red Bull é muito parecida com a da sua irmã Toro Rosso: fizeram um grande carro – talvez o melhor do grid – mas o seu fraco e pouco confiável motor acabou com suas chances. Quando a pista estava mais escorregadia, como na segunda metade do GP dos EUA, eles até superaram as Mercedes, mas aí secou e a verdade se restabeleceu, com eles sendo passados com facilidade. Para piorar, seus dirigentes desceram a lenha na Renault o ano todo, até dispensando seus motores quando ainda não haviam garantido nenhum outro em seu lugar para o próximo ano e se ferrariam: ninguém quis fornecer para eles. Também pudera, quem quer se arriscar a ter como clientes os ingratos e boquirrotos austríacos? Com isso se desgastaram publicamente, passando recibo de maus perdedores e ainda perderam o foco no desenvolvimento de seus novo carro do ano que vem sem a certeza de que fornecedor teriam. No fim tiveram merecidamente que colocar o rabo entre as pernas e seguir com o Renault, ainda que rebatizados de Tag-Heuer e com algumas possíveis evoluções diferentes de um próprio preparador. No campo da pilotagem, Daniel Ricciardo começou o ano de forma superior, até por já estar habituado ao estilo de trabalhar da equipe e seus engenheiros, ao passo que Daniil Kvyat, oriundo da Toro Rosso, demorou um pouco para pegar a mão da coisa, mas uma vez que o fez, foi rápido e consistente, em nada devendo ao australiano. Tomara que em 2016 tenham um carro mais competitivo para fazer frente à Williams, Ferrari e até Mercedes.
Zé… tem um coisa que eu não entendi ainda; Esses motores Renault (Rebatizados de Tag Heuer que a Red Bull irá receber) Eles serão iguais aos que a equipe de fabrica terá… E dai os mesmos poderão ser alterados, contando os tokens disponíveis? Ou serão unidades do final de 2015 que serão disponibilizadas para a RBR e ela será responsável pelo desenvolvimento? Dizia se que o Mario Illen iria cuidar da preparação dessas unidades para a Red Bull, mas a Renault contratou ele para trabalhar na fabrica. Confesso que ficou meio bagunçado esse assunto.