
Na imagem acima vemos uma um carro da Minardi durante testes em 1994 comparado à uma Mercedes de 2019. Além de muito menor (mas isso é assunto para outro post), o M194 tem as laterais do cockpit bastante baixas com o piloto ficando não só com o capacete para fora mas também com os ombros expostos.
Com a cabeça bastante vulnerável inclusive no caso de capotagens, ela também está sujeita à todo tipo de movimentação brusca lateral e para frente em caso de batidas, já que também não havia o Hans segurando o capacete, sendo que este também era bem menos resistente que os atuais que aguentam impactos de até 275G .

Ao lado, podemos comparar o cockpit da McLaren MP4/7 guiada por Ayrton Senna em 1992 com um de uma Williams sob o regulamento atual
Note como a espessura das paredes do monocoque são muito mais finas portanto mais propensas a rupturas e mesmo invasão por objetos em caso de uma pancada mais forte.
Além disso, os braços de suspensão estão mais próximos do piloto do que atualmente, podendo entrar no cockpit ou ser arremessado sobre seu capacete ou tórax exposto.
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Isso para não falar na óbvia adição do Halo sobre toda a estrutura, que evita que peças maiores e mais pesadas ou mesmo outros carros e um muro, dependendo do ângulo da batida, tenham contato com o capacete do piloto.
Abaixo, mais um comparativo, agora entre uma Ferrari dos tempos atuais com uma Leyton-House de 1990 de Maurício Gugelmin, onde mais uma vez fica patente a fragilidade da estrutura e a maior exposição do piloto. Mais uma vez note como os braços de suspensão eram fixados junto aos joelhos dele .
Creio que a única perda com essas novas estruturas muito mais robustas é a de visibilidade pelo piloto, que acaba não vendo quem está atrás ou mesmo ao seu lado em muitas ocasiões, levando à bloqueios involuntários em treinos e subsequentes punições, mas esse é apenas um pequeno preço que eles estão felizes de pagar ante ao enorme ganho de segurança nas pistas.

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