Como os Fórmula 1 cresceram (e se complicaram)

Na imagem acima temos lado a lado dois modelos de mesma escala (1/43) e mesmo fabricante (Minichamps) de dois carros de diferentes eras da Fórmula 1 moderna.

Primeiro temos a Williams-Renault FW14B, que deu o título à Nigel Mansell em 1992. Abaixo dela temos a Mercedes W09 que deu o quinto título ao seu conterrâneo Lewis Hamilton em 2018.

26 anos separam esses projetos. Os carros reais que esses modelos representam tem 520 quilos, no caso da Williams e 740 no caso da Mercedes. Isso sem combustível, óleo e piloto. Além desses 120 quilos de diferença, eles também tem mais de 1 metro de comprimento os diferenciam claramente.

Parte desse aumento geral de números se deve ao regulamento cada vez mais exigente em questões de segurança do piloto, com o cockpit ganhando reforços sistemáticos ao longo dos anos, culminando com o Halo, mas também devido à cada vez maior tecnologia embarcada, como os sistema híbridos de potência KERS, ERS e suas baterias, bem como o conceito aerodinâmico de que carros maiores são mais estáveis, embora menos ágeis nas curvas de baixa velocidade.

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Algumas das consequências dessas mudanças é que, naturalmente, os carros atuais ganharam muita pressão aerodinâmica e potência e são muito mais rápidos, na verdade os mais rápidos da história, como as sucessivas quebras de recordes comprovam. Outra, entretanto, é que, como disse acima, perderam agilidade e exigem mais zelo com o gasto dos pneus, por serem grandalhões e pesados.

Hoje a fórmula 1 continua sendo uma corrida de “sprint”, mas com traços de “endurance”, onde os pilotos não podem acelerar tudo do começo ao fim, também por enfrentarem a limitação da FIA em relação às trocas de peças de motor e câmbio ao longo do ano. Claro que a necessidade de zelar pelo equipamento para poder terminar a corrida sempre existiu, mas hoje parece mais evidente.

Ao lado vemos melhor essa evolução do alongamento e ganho de complexidade dos carros (veja como suas asas dianteiras, por exemplo, foram se tornando cada vez mais intrincadas) com uma imagem comparativa dos carro Mercedes 2018 e de 2012, uma BMW-Sauber 2008, Williams-Renault 1992 e o Copersucar-Fittipaldi de 1976, o mais compacto deles. Clique nas imagens para ampliá-las!

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11 respostas para Como os Fórmula 1 cresceram (e se complicaram)

  1. Henrique disse:

    Claro que a segurança é importante, mas sempre achei que o risco fosse um fator importante no automobilismo e o qual diferenciava pilotos, afinal nem todos tem a capacidade mental de arriscar e lidar com isso. Infelizmente o alto risco fazia parte do que cativava, mas atualmente esse charme do automobilismo foi perdido pela necessidade cada vez maior de elementos de segurança, o que não é ruim, mas tudo tem seu lado

  2. Jurandyr disse:

    Desde que entendo por gente fui fanático por F1, mas já há alguns anos perdi o interesse. Ver um carrossel no parque de diversões da na mesma.

  3. Wanderley A Souza disse:

    Os carros de F1 são dotados de muita tecnologia, cada vez mais. Porém isso coloca em xeque a competição, pilotos treinam em simuladores, e com as melhores máquinas a seu dispor toda equipada só precisa fazer boas curvas, freadas e aceleradas. Até o grid é favorável, com menor número de carros largando. Daí comparar pilotos com de outras épocas é até injusto.

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  5. Rodrygo Costa disse:

    Algo de errado não está certo: desde quando a diferença entre 740 e 520 dá 120?

  6. Vitor disse:

    Qual o comprimento dos carros 2020?

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