Dois recordes absolutos da Fórmula 1 deverão ser igualados nesse final da semana em Socchi, onde ocorre o GP da Rússia. Um com mais probabilidade que outro.

O primeiro e quase certo é o do maior número de largadas da categoria, hoje detido por Rubens Barrichello com 322 largadas segundo a FIA. Poderiam ser 323 ou 326 dependendo do métodos de contagem, incluindo GP’s que ele participou ao menos dos treinos e/ou não largou numa segunda relargada, como em Spa 1998.

Quem vai igualar essa marcar e em breve ampliar é Kimi Raikkonen, ironicamente o piloto que declaradamente não está nem aí para esse tipo de marca e portando não planeja grandes fanfarras para celebrar.

Diferente do brasileiro que quando quebrou o recorde anterior, de 257 GP’s de Ricardo Patrese estabelecido em 1993, fez questão de registrar a marca, usando uma pintura especial em seu carro e capacete e chamando o ex-piloto para assistir o GP da Turquia de 2008. Depois o italiano ainda pilotou o carro da Honda como cortesia, num teste privado.

Vale lembrar que quando Barrichello começou a correr a Fórmula 1 tinha 16 etapas por ano, hoje, em condições normais, são 22. Tanto que o finlandês está batendo o recorde na sua 18ª temporada ante às 19 do brasileiro. Essa contextualização também vale para Patrese e seus predecessores.

Barrichello também se tornou o primeiro piloto a superar a marca dos 300 GP’s disputados, em 2010, sendo depois acompanhado nessa marca por Schumacher em 2012, Button em 2016, Alonso em 2018 e pelo próprio Kimi em 2019.

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Outra marca que também tem grandes chances de ser igualada nesse fim de semana é o de número de vitórias de Michael Schumacher, 91, por Lewis Hamilton. Mas para isso ele precisa… vencer a corrida!

Mas isso é algo muito provável para o inglês, à julgar pela dominação que sua equipe e ele dentro dela tem apresentado esse ano, mas ainda assim com mais variáveis de risco do que Kimi, que só precisa largar seja da posição que for.

Não se sabe se Lewis vai fazer alguma homenagem ao piloto alemão no final de semana, mas como ele sempre é muito discreto no que tange às marcas que vem batendo e pode temer soar muito auto-confiante na quebra de mais esse recorde, talvez não venha, por exemplo, com uma pintura especial no capacete.

Nesse sentido, Raí Caldato, o designer brasileiro que desenha seus capacetes do inglês nos últimos anos me contou que até ofereceu à equipe do piloto essa possibilidades, mas não houve aderência até agora, lembrando que há ainda a possibilidade dele fazer algo direto com a Bell, fabricante do seu capacete. Será?

De toda a forma esses números, de Barrichello e Schumacher, tem tudo para serem alcançados agora e superados no futuro. No caso do piloto brasileiro, ainda terá no retorno de Fernando Alonso por pelo menos os próximos dois anos outro a superar-lhe a marca.