
Hoje amanheço com essa manchete na seção internacional do meu jornal: “Portugal decreta calamidade”. Avançando no texto do jornal O Estado de S. Paulo, chego no trecho que diz “Pelas nova regras, celebrações de batismos e casamentos poderão ter participação de, no máximo, 50 pessoas”.
Nada dizem, entretanto, sobre eventos esportivos. Essas novas regras tem duração inicial de 15 dias, estaria então o GP de Portugal, que se realiza nos dias 23 à 25 desse mês – dentro desse período, portanto – sob ameaça? Algumas pessoas pessoas já me perguntaram no isso no Twitter e respondo: Provavelmente não. Explico!
Pesquiso em sites do governo português e em periódicos locais. Por lá não se fala ainda de ameaça à realização do GP em si, inclusive porque o grupo de mecânicos, dirigentes, pilotos e jornalistas que viaja para as corridas está sempre sob rigoroso acompanhamento médico,
Na Fórmula 1, tão logo surjam pessoas contaminadas, são extirpadas do convívio com os demais membros e mantidas isoladas com protocolos de comunicação, alimentação e acompanhamento médico rigorosos, para não amplificar o número de adoecidos, para que não seja a categoria enxergada pelo governo como um possível vetor de contaminação, ou seja, a F1 não elevaria por si os já crescentes números locais.
Com isso, a realização do evento, salvo uma mudança drástica não visível hoje, deve ser uma realidade, trazendo de volta a Fórmula 1 para lá pela primeira vez desde 1996 (só houveram alguns testes, já na nova pista de Portimão, Algarve em 2008 e 2009, como na foto acima).
Entretanto, uma possibilidade real caso os números de contaminados sigam subindo, seria a de não haver qualquer pessoa presente nas arquibancadas portuguesas, em movimento semelhante ao recentemente anunciado pelos organizadores da Turquia, o próximo do calendário, que desistiram da torcida.
Por enquanto o governo não anunciou restrições à presença do público, mas os organizadores já teriam um plano de contingenciamento para o rápido reembolso de quem comprou os ingressos, caso isso se mostre necessário.
Agora resta torcer para que a alta de contaminações em solo lusitano volte a cair, até para que o retorno de um GP de Fórmula 1 após 24 anos não se torne um evento esportivo cercado de tristeza, preocupação e luto, quando deveria ser de júbilo.
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Digo-te já isto: por agora, a Direção Geral de Saúde nada disse sobre o assunto. Mas não creio que vá tirar os espectadores do Grande Prémio a dez dias da sua realização. No pior dos cenários, a corrida aconteceria sem espectadores. Nesta altura, vai haver até 40 por cento da capacidade – cerca de 38 mil, mais coisa, menos coisa. Mas é ver a evolução das coisas ao longo dos próximos dias, porque os números de infetados estão piores que em março.
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