Porque há menos ultrapassagens naturais?

Veja a comparação desses carros de 2018, 2012, 2008, 1992 e 1976 acima. São todas réplicas com alto nível de detalhamento na mesma escala 1:43. Havia mais ultrapassagens naquelas épocas passadas?

Sua resposta deve ser sim, mas se analisarmos bem, talvez possamos ver que nem tantas assim como nossa memória afetiva costuma nos fazer pensar, mas o ponto é que a Fórmula 1 não parece ter tomado muitas decisões para de fato melhorar essa questão.

Numa olhada já vemos que eles foram ficando maiores, tanto em largura como em comprimento, tornando-se mais seguros por um lado, mas também pesados e menos ágeis e reconquistaram pneus largos, que os permitem frear mais em cima da curva, dificultando que um rival emparelhe lado a lado sob risco de passar reto, já que as margens para erro também ficaram mais curtas.

Esses grandes pneus também permite que os carros façam as curvas numa velocidade maior, onde a influência aerodinâmica ganha mais importância e com isso volto a bater na velha tecla: Hoje os carro tem muita pressão aerodinâmica.

A consequência é que a perda desse apoio para os carros que vem atrás é ainda maior, tornando a missão de seguir o rival à frente quase impossível, pois o ar revolto os desestabilizam nas curvas e quando chegam na reta, o carro da frente já abriu, mas aí inventaram uma “solução mágica”!

Há 10 anos, inventaram a asa móvel/DRS, uma aberração artificial até bem intencionada mas que não resolve o problema real, apenas o mascara e proporciona uma disputa desproporcional onde o carro à frente muitas vezes se torna um alvo fácil se a zona de acionamento é longa o bastante.

Para 2022, como vemos na comparação de imagens abaixo, os carros serão bem diferentes com a volta do efeito solo, rodas aro 18 e, em tese, a simplificação da hoje super complexa aerodinâmica, acabando com esse monte de asinhas, aletas, fendas e spoilers na região do assoalho e em torno do cockpit, que tanto bagunçam o ar do carro que vem atrás.

Mas ainda assim seguirão sendo pesados e bem grandes: só 5cm mais estreitos e com entre-eixos limitado à um máximo de 3.600 cm, algo que se aplicado aos carros atuais da Mercedes, por exemplo, o fariam apenas cerca de 10 cm mais curtos. Será que esse novo regulamento fará a Fórmula 1 ter mais ultrapassagens “naturais”? Os engenheiros da FIA por trás das novas regras garantem que sim, mas e você, o que acha?

NUMEROS DE HAMILTON = SENNA + PIQUET + FITTIPALDI + BARRICHELLO + MASSA + PACE?

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OS 24 CARROS VOADORES (LITERALMENTE) DA F1

NELSON PIQUET E SUAS DUAS 500 MILHAS DE INDIANAPOLIS

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16 respostas para Porque há menos ultrapassagens naturais?

  1. Érico Marques disse:

    Meu caro,
    Seus textos são excelentes.
    Gosto do que leio.

    Minha dica – revisar edição para usar fontes maiores ou fazer site mais responsivo. Aos 52, mesmo com óculos, está difícil ler conteúdo no celular.
    Parabéns pelo trabalho!

  2. Pingback: Mercedes não vai mais fornecer Safety/medical cars para a F1? | JOSEINACIO.COM

  3. Carlos Henrique disse:

    Não conhecia o blog, mas gostei, parabéns

  4. Vanderlei Retondo disse:

    Goste da matéria e concor com ela com uma única observação: além do exposto, culpa também deve recair sobre os novos autódromos que, em sua maioria, se tornaram Extremamente “burocráticos” .
    Saudades do antigo traçado de Interlagos!

  5. Pingback: O ano que Senna abriu mão de usar seu famoso boné | JOSEINACIO.COM

  6. Pingback: Compre seu carro de Fórmula 1 | JOSEINACIO.COM

  7. Acredito que se os circuitos travados não acompanharem essa evolução vai continuar na mesma…

  8. Alex Nunes disse:

    Acho que ja na terceira corrida vamos saber se melhorará ou nao o novo design.

  9. Pingback: As 4 casas de Ayrton Senna hoje | JOSEINACIO.COM

  10. Anônimo disse:

    Muito bom

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