Segundo Christian Sylt, da revista Forbes, o grupo Disney poderia ser seu um dos possíveis interessados em comprar as ações da Fórmula 1 até Julho de 2015, quando o atual detentor da maior parte das ações da categoria, o grupo CVC, teria que vender 35% de sua participação, salvo uma mudança de planos que teria que ter a anuência da maioria de seus investidores.

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Na matéria, altamente especulativa, diga-se, o jornalista traça um histórico de parcerias entre a Disney e a Fórmula 1, como na divulgação de filmes, ações promocionais no parque europeu do grupo e porquê, sob o ponto de vista comercial, a categoria seria uma investimento coerente para o conglomerado midiático do Mickey Mouse.

Bom, como disse, achei a matéria bastante especulativa, amarrada em premissas interessantes, mas um pouco hipotéticas demais e outras até frágeis, mas ainda assim veria com bons olhos se esse movimento realmente saísse do papel. Com base nisso lanço algumas perguntas, para as quais não tenho necessariamente uma resposta, mas deverão ser consideradas ao pensarmos nesse hipotético cenário de união:

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• Corridas em lugares cada vez mais distantes (Azerbaijão, Bahrein, Russia, China) seriam um apelo ou um dificultador para essa parceria? Afinal se por um lado são novos mercados interessantes de serem explorados pelo estúdio, ao mesmo tempo podem estar cercados de potenciais polêmicas éticas com seus governos.
• O controverso Bernie Ecclestone, envolvido em processos milionários de suborno, ainda no comando da categoria afugentaria esses possíveis investidores?
• A atual perda de audiência e pouca conexão da categoria junto aos mais jovens, seria um fator negativo ou um escorregão que poderia ser muito bem corrigido e então melhor explorado por esses eventuais novos sócios?
• O desafio de se aventurar numa empreitada tão arriscada, que tem que conciliar tantos interesses muitas vezes conflitantes (a audiência, os investidores, onze chefes de equipe, alguns deles endividados – que puxam a sardinha cada um pra sua brasa, diferentes fabricantes de motores, promotores de corridas em dezenas de países, etc) e o fato de ser algo distante de seu negócio principal realmente seduz o grupo Disney?

Será interessante acompanhar essas negociações nos próximos meses, isso se é que a Disney tem mesmo interesse – e já haveria outros interessados em participar dessa disputa – e se é que o grupo CVC vai mesmo manter a disposição de se desfazer desse lote de ações. Para ler o artigo original em inglês, clique AQUI.