Bernie e a crise da F1

bernieBernie Ecclestone acaba de dar uma entrevista coletiva para alguns jornalistas da Fórmula 1. Suas palavras são de uma franqueza impressionante. Ele assume erros e mostra preocupação com a situação atual, que “ta braba” mesmo. Vamos à algumas importantes passagens trazidas pelos jornalistas ingleses presentes:

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“Francamente, eu sei o que está errado, mas não sei como consertar.” Sobre a ameaça de boicote de Sauber, Force Índia e Lotus de não disputar a corrida de amanhã, ele disse: “Eu prometo que as equipes (essas três) vão correr. Elas vão correr, eu te garanto – mas eu me preocupo se eles estarão correndo no ano que vem…”, revelando indiretamente um cenário trágico com até hipotéticas 6 equipes (eram 11 até o GP passado) e ainda acrescentou, com um revelador sentimento de culpa: “Há muito dinheiro sendo mal distribuído – provavelmente por minha culpa (…)nós temos que abrir os olhos das pessoas(…) eu não quero ficar numa posição muito forte, onde a Fórmula 1 desaparece e aí dirão que foi por minha culpa”.

O octogenário dirigente ainda explicou que os contratos atuais que ele mantém com as equipes são muito rígidos e engessados, não permitem mudanças unilaterais de uma hora para outra, dizendo: “Antigamente as pessoas que se reuniam em volta da mesa eram pessoas que podiam dizer sim ou não. Eles diriam para eu resolver isso e eu resolveria, mas hoje nenhuma dessas pessoas de hoje concordam com nada, mesmo que quisessem, pois eles tem que prestar contas a outras pessoas.”

Por fim, Ecclestone, quem diria, declarou “É o caso das pessoas envolvidas no esporte vão ter que querer zelar pela categoria e estarem preparados para fazerem sacrifícios”, falou provalmente numa indireta às líderes Ferrari, Red Bull, Mercedes, Williams e McLaren, que ganham mais dinheiro que as demais por serem campeãs e/ou estarem a mais tempo na F1 e que seriam as principais atingidas numa redistribuição dos lucros das equipes – sem falar, claro, no grupo CVC (nada a ver coma agência de viagens), dona da categoria e que não deu um piu até agora sobre ajudar a sua galinha de ovos de ouro em crise…

Vamos ver como essa bomba relógio será desarmada. Tomara que Bernie tire mais um coelho da cartola e todos cheguem a um consenso. Para ler a entrevista completa em inglês, clique AQUI.

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4 respostas para Bernie e a crise da F1

  1. Rodrigo disse:

    Acho que é numa hora dessas que alguém mostra seu valor e seu amor pela sua história e sua vida. Bernie é quem é pela F1, claro que com seu trabalho, mas alguém bilionário tem dinheiro e alguém como ele tem influência suficiente para virar o jogo. Resta saber se o amor pela F1 é maior que pelo dinheiro guardado no banco.

  2. Anônimo disse:

    Se alguém diz “Francamente, eu sei o que está errado, MAS NÃO SEI COMO CONSERTAR”, a resposta é simples, sai do cargo.

    • Moacir Costa disse:

      PERFEITO! Não adianta “amar” o que faz se não sabe mais fazê-lo. Ecclestone já deveria ter passado o bastão a tempos, pode gostar mas não tem mais condições de gerir a categoria, esta ultrapassado, cheio de manias (de velho, sua opinião sobre as mídias sociais é um exemplo disso) e sem capacidade de enxergar à frente. Se não sair vai enterrar sim a F1.

  3. Pingback: Vamos acelerar com Kimi Raikkonen! | JOSEINACIO.COM

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